Material Interativo

07 outubro 2010

Fases do Desenho Infantil

As Fases do Desenho
• De 1 a 3 anos
É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexe todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas mesas e chão. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final dessa fase, é possível que surjam os primeiros indícios de figuras humanas, como cabeças com olhos.

• De 3 a 4 anos
Já conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo. Ela também respeita melhor os limites do papel. Mas o grande salto é ser capaz de desenhar um ser humano reconhecível, com pernas, braços, pescoço e tronco.

• De 4 a 5 anos
É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, varia no uso das cores, buscando um certo realismo.
Suas figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha. Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos.

• De 5 a 6 anos
Os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo, meio e fim. As figuras humanas aparecem vestidas e a criança dá grande atenção a detalhes como as cores.
Os temas variam e o fato de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo.

• De 7 a 8 anos
A realidade é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância.
Extremamente exigentes, muitas deixam de desenhar, se acham que seus trabalhos não ficam bonitos.
O importante é respeitar os ritmos de cada criança e permitir que ela possa desenhar livremente, sem intervenção direta, explorando diversos materiais. Para tentarmos entender melhor o universo infantil muitas vezes buscamos interpretar os seus desenhos, devemos, porém, lembrar que a interpretação de um desenho isolada não faz sentido.
É aconselhável, ao professor, que ofereça às crianças o contato com diferentes tipos de desenhos, que elas falem sobre o que desenharam e escutem a de outros e também sugira à criança desenhar a partir de observações diversas (cenas, objetos, pessoas) para ajudá-la a nutrir-se de informações e enriquecer o seu desenho. Assim elas poderão reformular suas idéias e construir novos conhecimentos.

Jamais interfira nos desenhos das crianças, alegando que não existem árvores com peixes nos
galhos ou casas suspensas no céu. Por trás desses bem intencionados “conselhos”, dessa carinhosa objetividade, repousa o temor de que seu filho não se integre à realidade do mundo e, portanto, não vá em frente na vida. Engano. A criança provavelmente irá responder que sua árvore é diferente das outras porque vem de Marte e que a casa pertence a um super-herói capaz de voar. Dê um sorriso e tranqüilize-se: ela está sendo original e, portanto, desenvolvendo a capacidade de afirmar as próprias opiniões e de desbravar seus caminhos.

Texto retirado do Blog Psicologia de Luxo postado por "raphaeliinhaa"

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